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ARTIGO: Os Graus do Saber – Qual o limite?

[04-11-2015]

FABIANO CAMILO – Palestrante, Engenheiro e Mestre em Artes Marciais – fabianocamilo@terra.com.br.

 

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Quando tratamos um tema de maneira filosófica é importante ressaltar que estaremos tratando o assunto de forma profunda e conceitual alicerçado na vivência direta destes grandes sábios, generais, guerreiros, filósofos que fizeram de suas vidas um exemplo para toda a humanidade.

É muito claro para todos nós, porém não deixa de ser importante ressaltar, num mundo onde o conhecimento teórico e as simulações virtuais são a regra e substituem cada vez mais as vivências práticas, sabedoria só se conquista com o enfrentamento direto das situações cotidianas de desafios e com o consequente exito nestas experiências.

A abordagem filosófica, supera a técnica.

Quando Aristóteles lança as suas bases alcançar o conhecimento, o faz através das formas do saber. Uma das mais básica delas é a técnica (techne). Equivaleria a um profissional que conhece as fórmulas matemáticas (o que) e que as aplica, porém não sabe como deduzir estas fórmulas, ou seja como chegou a este resultado (como?). Não saberá também como avaliar os resultados dos cálculos (por quê) e muito menos qual o sentido ou finalidade do que ele está fazendo (para que?).

 

O quê, é a experiência;

descreve o fato em si, vivido pela pessoa. É intransferível, somente aquele que a vive conhece seu teor, não pode ser transmitida.

O como, é a técnica;

a partir da repetição da experiência se chega a um domínio do processo. Este domínio é parametrizado em procedimentos e agora pode ser transmitido, ensinado e aprendido.

O porquê, é a tática;

leva em consideração o arranjo de ferramentas, do porque este procedimento funciona. Conhece as dimensões envolvidas no processo.

 

O para quê, é a estratégia. Aqui aparecem os elementos mais elevados e poderosos do processo. Reconhecer a finalidade do processo que é chegar a vitória, a solução ideal do problema, com a maior eficiência possível, com o menor dano possível, no menor tempo possível.

Logicamente todas as fases ou graus do saber são necessários e todos compõe de maneira completa o ciclo de gestão de processos e pessoas em uma corporação seja ela pública ou privada, com ou sem fins de lucro.

Porém o resultado pelo resultado em si aparece logo no primeiro estágio da gestão, que é o da experiência e com isso este estágio leva ilusoriamente o maior peso e valor. A própria palavra é empregada muitas vezes de forma equivocada. Um cientista quando diz originalmente que vai realizar um experimento, está de fato tendo uma experiência…ou seja, vai fazer algo que nunca fez para saber que resultado terá. Ao mesmo tempo a experiência (conforme nos ensina Aristóteles) é completamente pessoal e intransferível. Cada um tem a sua experiência. Para tranferi-la precisarei aperfeiçoa-la, padroniza-la, até o ponto máximo de sua eficiência e isto é técnica. É comum nos referirmos que não é possível contratar um funcionario que não tenha experiência. Falamos que a experiencia é o mais importante, etc.. Na realidade queremos nos referir a graus de domínio deste profissional sobre a gestão de pessoas e processos.  Ou seja, estamos nos referindo a experiência quando queremos de fato que ele tenha um conhecimento técnico, tático e estratégico para poder cumprir com suas funções.

Aqui chegamos a linha de entendimento do que é o modelo atualmente vigente. Utilizamos o conhecimento técnico e tático como referencia de excelência em gestão. Esferas de domínio que estão pouco relacionadas ao aprofundamento humano.  Quando eu supero ou transcendo a esfera da tática ingressando no conhecimento da estratégia eu logo preciso entender o para quê estou desenvolvendo tal atividade e para isso preciso de uma referência filosófica que seja forte o suficiente para justificar todo o meu trabalho, busca e realização.

Onde está o ponto de estrangulamento?  Onde está a limitação?

A resposta é: No próprio ser humano.

No Templo de Delphos na Grécia estava a inscrição que serviu como inspiração para toda a busca humanista na História: Conheças a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Universo.

 

E na Sociedade Brasileira de Palestrantes você encontrará a Experiência, a técnica, a tática e a ESTRATÉGIA adequada para evoluir em sua carreira.

 

 

ARTIGO: 5 estratégias para ajudar a não ter medo de falar em público

[28-10-2015]

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1. Não tente se acalmar

Em uma pesquisa inteligente, a professora de Harvard, Alison Wood Brooks, pediu que as pessoas fizessem um discurso sobre o que os tornaria bons colegas de trabalho.

Alerta de ansiedade: eles seriam filmados e avaliados por um comitê. Mais de 90% dos entrevistados disseram que a melhor estratégia era se acalmar. Mas não funcionou.

Quando os avaliadores independentes analisaram os discursos perceberam que as pessoas que tentavam relaxar acabavam fazendo discursos sem poder de persuasão ou confiança.

Em vez de dizer “Eu estou calmo” as pessoas fizeram discursos mais convincentes quando disseram “Eu estou empolgado”.

O mesmo aconteceu quando as pessoas que estavam ansiosas antes de cantar Don’t Stop Believin, também disseram: “Eu estou empolgado”. Isso levou a um melhor desempenho no karaokê do que os que diziam “Eu estou calmo.”

Por que? Fisiologicamente nós temos dois sistemas diferentes: o “go” (de seguir em frente) e o “stop” (de parar).

Susan Cain, autora introvertida de O Poder dos Quietos, que superou a sua fobia de falar em público quebrando o recorde em um TED talk, explica: “O sistema go faz com que você fique animado. O sistema stop faz com que você desacelere e fique pra baixo e faz com que você fique cauteloso e vigilante”.

Cain sugere que é um erro tentar desligar o sistema stop; você quer ligar o seu sistema go, de seguir em frente. A ansiedade é uma emoção intensa e é difícil fazer com que desapareça rapidamente ao confrontar a incerteza. É mais fácil converter a ansiedade em outra emoção forte como a excitação.

Você não vai me pegar cantando Journey tão cedo. Mas quando eu sinto pânico de falar em público eu já não luto contra a vontade de parar. Eu me concentro nas razões para seguir em frente: que vou passar uma mensagem que é muito importante para mim.

Eu gosto de hipóteses desafiadoras, que ofereçam insights de ação e com algum tipo de elemento de entretenimento.

Quando o meu entusiasmo aumenta a ansiedade desaparece. Essa sensação não desaparece completamente, no entanto. Richard Branson observa (parafraseando uma sátira atribuída a Mark Twain): “Existem apenas dois tipos de oradores no mundo: 1. Os nervosos e 2. Os Mentirosos”.

2. Pratique em frente a uma plateia

Quando eu ensaiava os meus primeiros discursos eu o fazia sozinho. Estudos clássicos do falecido psicólogo de Stanford, Robert Zajonc, demonstram que a mera presença de outras pessoas aumenta a nossa empolgação.

Se você praticar sozinho, você não terá a chance de ajustar essa empolgação.

A chave é praticar em condições que se assemelhem à da performance, o mais que puder. Tendo isso em mente eu me surpreendi bastante ao descobrir que antes de uma palestra na frente de uma multidão, a melhor preparação praticar na frente de um pequeno grupo.

Nesse tipo de grupo você pode ver as expressões faciais de todos e sentir o olhar deles queimando um buraco na sua retina.

(Quer uma estratégia infalível para pirar um introvertido ansioso? Fique encarando-0. Ser o foco de atenção de outras pessoas pode ser extremamente estimulante.)

Na multidão, as faces ficam borradas e o contato olho a olho desaparece, o que pode reduzir bastante a excitação. Então, se você quer se preparar sob ansiedade máxima, pratique na frente de um pequeno grupo.

Não é coincidência que antes da sua palestra no TED, Susan Cain tenha ensaiado em uma sala com 20 estranhos.

3. Apague as luzes

Para reduzir a ansiedade durante o discurso eu gosto de escurecer o ambiente. Os rostos tornam-se menos visíveis, a minha excitação cai. Eu descobri recentemente que há mais um benefício ao ter uma iluminação fraca: o público ri mais.

Os comediantes preferem um “espaço mal iluminado,” escreveram Peter McGraw e Joel Warner em seu livro The Humor Code (O Código do Humor, em tradução livre) que parece “ajudar as pessoas a se sentirem mais protegidas e, portanto, menos inibidas ao rirem.”

É claro, a escuridão também ajuda as pessoas a se sentirem menos inibidas ao ir dormir. Então eu só desligo as luzes quando eu me sinto confiante no valor de entretenimento do discurso.

4. Conheça a sua audiência

Eu descobri que quanto mais eu aprendia sobre a minha audiência antes, menos nervoso eu ficava. Além de me ajudar a adaptar o material, isso o humaniza e enfatiza que temos algo em comum.

Em todo agosto eu dou um curso de uma semana para centenas de estudantes de MBA da Wharton.

É a primeira aula que eles assistem na escola de negócios e eu não tenho muito tempo para ficar à vontade com eles.

Depois de passar alguns dias lendo suas biografias, eu fico mais animado do que ansioso. Eu vi que um deles tinha tido uma vida fascinante como remador olímpico e que outro cresceu em minha cidade natal.

5. Inicie com um enigma, uma pergunta ou uma história

Dylan Chalfy, coach talentoso e ator profissional, me ensinou a abrir com um enigma, o que põe a atenção do público nas ideias em vez do discurso.

Começar com uma pergunta tem um efeito semelhante: faz a audiência pensar em vez de julgar.

Malcolm Gladwell fez uma observação semelhante sobre começar com uma história: o público é absorvido pela narrativa e acaba focando na trama e nos personagens, em vez de prestar atenção no contador de histórias.

Recentemente, eu falei no Google Zeitgeist. Foi quando eu me senti mais nervoso, há muito tempo não me sentia assim: o público estava cheio de pessoas extraordinárias e o evento estava sendo filmado para lançamento online. Apesar de estar longe de um desempenho impecável, eu não perdi o sono antes.

 

Fonte: Exame

Segundo o MEC, mais de 3,5 mi estão matriculados em cursos EAD no Brasil

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[27-10-2015]

A economia brasileira pode não estar no seu melhor momento, porém isso não significa que você deva entrar em pânico, cruzar os braços ou esperar por um milagre. A busca pelo emprego ideal, por melhores condições de trabalho, aquele aumento no fim do mês e uma situação financeira mais confortável podem, sim, acontecer. Basta investir em educação, cursos e em si mesmo.

Uma maneira de aprimorar o seu currículo sem sair de casa e de ter gastos controlados, ou na faixa, é por meio de cursos EAD. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), atualmente, mais de 3,5 milhões de alunos estão matriculados e fazem aulas não presenciais, no Brasil. Com o intuito de terem uma formação acadêmica e aperfeiçoarem as técnicas de trabalho deles, o sistema de Educação a Distância mostra que veio para ficar.

É possível investir em cursos de graduação, pós-graduação, extensão e cursos livres. Para quem busca ingressar no ensino superior, mudar de área de atuação ou mesmo aperfeiçoar-se nas atividades que exerce.

Com a flexibilidade de horários e turnos, não precisar sair de casa e poder assistir aulas em qualquer dispositivo eletrônico com internet, os cursos a distância enriquecem o conteúdo pessoal e profissional dos alunos. Sempre conveniente às necessidades deles, os assuntos abordados em aula os ajudam a conquistar uma boa oportunidade na área de atuação e de elevar o interesse de grandes empresas, na bagagem de aprendizados adquiridos.

 

Ao realizar cursos EAD, as chances de se dar bem são maiores ainda. Quer saber como?

Confira algumas dicas de como conseguir um bom emprego com o ensino a distância:

 

Mantenha o seu currículo atualizado;

Crie um perfil profissional online no Linkedin (várias empresas oferecem vagas por meio do site e ainda fazem buscas por profissionais, de acordo com a oportunidade existente – já pensou se encontram o seu?);

Faça o máximo de cursos técnicos, livres, de pós-graduação e até mesmo os gratuitos,

Coloque informações importantes sobre os seus cursos no currículo (84% dos alunos dos cursos Técnicos do Senac são inseridos no mercado, logo após a conclusão da capacitação);

Explore tudo o que é passado nas aulas e aperfeiçoe os seus conhecimentos;

Além de escolher algo dentro de sua área, invista em novos caminhos. Não fique preso a uma única direção. Estude novas possibilidades, pesquise e dê sempre o seu melhor em tudo.

 

Ao ter um ou mais cursos de ensino a distância no portfólio, o profissional passa a ser visto com outros olhos pelo mercado, por demonstrar estar apto a agarrar, enfrentar e estar disposto a encarar novos desafios.

 

Fonte: Mundo Positivo

ARTIGO: Falar é fácil, difícil é fazer!

[21-10-2015]

falarefacilFLÁVIO GUERRICO – Palestrante e Consultor – http://www.flavioguerrico.com.br/ 

Aviso ao palestrante: falar também não é tão simples.

Fazer o que se diz pode ser muito difícil. Mas falar pode parecer fácil, porém o difícil é falar bem. Todo o profissional, em diferentes situações de sua carreira precisa, necessariamente, apresentar projetos, defender ideais, conduzir cerimonial ou protocolo, enfim, “assumir a palavra”, tomar a posição de orador/palestrante. Neste momento ocorre o primeiro grande viés do ofício de palestrar: ser loquaz não significa qualidade e mediocridade ao falar é perda de oportunidade.

Tem gente que fala fácil e muito (loquaz), mas fala sem técnica, conteúdo e sem qualidade. Esta via é tão comum que até presidentes de grandes organizações (e de países também) fornecem pérolas inúteis geradas pela surdez do ego loquaz.  Alguns chegam a desenvolver uma espécie de “síndrome de hipérbole”, falam tanto que parecem sempre voltar ao mesmo lugar, ou produzem na plateia a exata sensação de “escuto bem, parece bom, mas pouco se aproveita”, ou pior, causam a vontade de perguntar para alguém do lado: “apenas eu que não estou entendendo, me sentindo burro e enrolado?”

Outro caminho é o da mediocridade, e aqui realmente não se trata do senso comum e raso de um discurso de qualidade inferior: mediocridade vem de médio, ou seja, basta assumir a palavra e manter o nível da atenção, interesse, emoção, entendimento, inteligência na média que já se enquadra na condição de palestrante medíocre. O ato de palestrar é assumir um ponto de evidência, de destaque dos demais, se alguém se dispõe a tomar a frente e oferecer suas ideias, pontos-de-vista, leituras e visões sobre o assunto/tema, o que se espera é que seja capaz de afetar, mobilizar, esclarecer ou desafiar a subjetividade do espectador, de contribuir para o enriquecimento da discussão, do debate; trazer e expressar algo relevante. É possível, numa visão medíocre, dizer que todos de alguma forma contribuem para a discussão, mas é na subversão desta visão que mora a essência do bom palestrante: ele não é todos, está um passo além, por isso deve ser escutado. Einstein já sentenciava que nenhum problema pode ser resolvido no mesmo nível mental que foi gerado.

O teatro grego inicialmente usava o recurso do coro, ou coreia: o texto era encenado com um grupo de atores que se reuniam em forma de jogral (vozes coletivas que falavam o texto ao mesmo tempo); alguns estudiosos apontam que esta forma de encenação era devido à falta de acústica dos “ágoras” e fraco potencial vocal dos atores. Segundo Aristóteles, Thespis teria sido o primeiro ator a assumir a condição de protagonista (aquele que está no protágono, ângulo da frente do palco), e assim surge a arte dramática, já que drama significa ação em grego, ou seja, era necessário que houvesse um protagonista e um antagonista para que a dialética surgisse e gerasse maior ação/drama e, por consequência, interesse.

Assim, se o palestrante não assume a condição de protagonista, se não trás ação (principalmente a interna: reflexão, mobilização, questionamento, emoção, etc.) não desperta interesse e cai na mediocridade. Ao assumir a palavra se espera do palestrante a competência de protagonista. A plateia, com suas convicções, toma a posição de antagonista (na tendência natural de manter suas crenças e verdades) concordando ou discordando, dependendo abordagem e qualidade da retórica do orador. Mas neste mundo de hipertexto, dificuldade de atenção, oferta incessante de estímulos, redes sociais e muita informação cada vez que a atuação é pobre ou igual/na média uma oportunidade se vai, uma porta se fecha. Bertolt Brecht, maior homem de teatro do século XX, dizia que antes de dizer qualquer coisa é preciso entreter.

A oratória foi, desde os primórdios, o recurso mais usado para a transferência de conhecimento informal e formal. Ainda é, mesmo que se pense que a geração do futuro irá só teclar. A tradição oral é anterior à escrita e populações primitivas sobrevivem até hoje, mesmo sem uma forma de escrita. É tão significativa na evolução humana que serve como distinção físico/biológico entre hominídeos. Há toda uma semiologia e uma expressividade corporal acessória que contribui para a transmissão de mensagens aos espectadores, mas sempre o bom uso da fala foi visto como a grande capacidade de expressão, cognição, liderança, audácia, coragem, inteligência, sagacidade, sedução, e outros tantos inúmeros atributos que qualificam e projetam positivamente a imagem do bom orador/palestrante. Líderes mundiais como Júlio Cesar, Bonaparte, Washington, Churchill, e mesmo os mal vistos como Hitler, Mussolini, Kadafi, eram palestrantes muito acima da média. Caciques, xamas, pajés também são bons palestrantes. Falar bem é poder.

Um currículo relevante é muito importante ao palestrante, publicações, premiações, um bom tema, conteúdo e abordagem são fundamentais, mas será que é só isso? De fato, ao mercado, cada vez mais repleto de informação e de oferta de palestras, uma apresentação mal sucedida pode resultar em uma indesejável frustração para qualquer profissional. São muitas as ideias fantásticas que acabam sendo mal defendidas por despreparo do seu autor/protagonista, por isso, cabe uma profunda reflexão aos que se aventuram na antiga e cada vez mais difícil arte de palestrar.

Para ajudar e preparar quem já enfrenta o mercado de palestras, treinamentos, ou para quem quer substancialmente melhorar sua performance em situações  em que defenda ideias e projetos,  é que existe a SPB (Sociedade Brasileira de Palestrantes). Você pode ter se preparado a vida inteira para ser um profissional de destaque, mas quando realmente se preparou para ser um palestrante competente? Pense nisto.

 

ARTIGO: 15 dicas para sua empresa superar de vez a crise e crescer

[14-10-2015]

Que a economia brasileira está em crsize_810_16_9_homem-com-guarda-chuva-criseise todos já perceberam. Mas isso não é motivo para jogar a toalha e apenas lamentar o mau momento da economia. Principalmente se você é um empreendedor.

“Se o empresário está pessimista, ele deve estar passando esse sentimento também para empresa. Muitas vezes o problema está na forma como se lida com o problema”, afirma o especialista em gestão de pessoas Alexandre Rangel, da Alliance Coaching.

Acredite: mesmo na crise, existem diversas formas de você levantar seu negócio. Veja a seguir 15 dicas para conseguir tirar sua empresa da crise de vez.

 

1 – Dispense a vítima

Num cenário de crise, é importante que o empresário assuma o controle da situação e não se coloque na posição de vítima. É o que aconselha o especialista em gestão de pessoas Alexandre Rangel, da Alliance Coaching. Ou seja, foque seus esforços na parte do problema que você pode resolver.

“Em vez de ficar reclamando, o empreendedor deve se perguntar: ‘Que parte deste problema eu posso controlar?’ Olhar apenas para o que não tem solução é pura perda de tempo”, sentencia. Essa postura também ajuda a manter a equipe motivada e confiante neste momento difícil, caso contrário, fica bem mais difícil garantir a produtividade.

2 – Não culpe a economia

“Culpar o governo, a economia, a Dilma, não vai adiantar de nada. O empreendedor deve assumir integralmente a responsabilidade por ter que tomar medidas para superar as dificuldades”, afirma Rangel. Para ajudar nessa tarefa, o especialista sugere que o empresário pergunte-se de forma objetiva: “Como eu posso contribuir para melhor a situação?”.

3 – Tenha um plano de negócios

Você já deve estar cansado de ouvir que sua empresa precisa ter um plano de negócios bem estruturado. Pois adivinhe: isso é ainda mais necessário em épocas de crise. “Num período como este, às vezes a empresa tem que diminuir de tamanho, e isso depende de um plano de negócios bem estruturado”, afirma Rafael Caldeira sócio da S&H Consultoria Financeira. E não vale ter o plano apenas “para ficar na prateleira”, alerta Caldeira. É preciso um trabalho bem feito.

4 – Diferencie-se

Na crise, quem vende commodities fica mais vulnerável, explica Caldeira. Por isso, estude uma forma de diferenciar seu produto dos concorrentes. “Acompanho casos de empresas que estão crescendo fortemente porque se diferenciaram de alguma com seu produto ou serviço”, afirma.

5 – Estude seu modelo de negócio

Além de inovar o produto, você também pode ter novas ideias para o seu modelo de negócio. “Às vezes o produto não é diferente, mas sim o modelo. Há casos de empresas do mesmo setor, com a mesma tecnologia, e simplesmente mudando o modelo a empresa se diferencia”, afirma Caldeira.

6 – Profissionalize-se

Para fazer com que sua empresa tenha sucesso na crise, é fundamental profissionalizar seus processos para ganhar eficiência. “É preciso ter governança corporativa, com transparência, visão estratégica e um conselho de administração que seja imparcial. Vejo isso como uma estratégia de defesa para momentos de turbulências, mas a maior parte das pequenas e médias empresas ainda não tem”, lamenta Caldeira.

7 – Verifique o tamanho real da crise

Para superar a crise na sua empresa, é necessário saber quais são exatamente os seus efeitos sobre o negócio. “Uma crise pode significar perda de clientes, cancelamento de contratos com fornecedores parceiros, adiamento de promoções internas e até demissões. O empresário precisa saber a dimensão real do problema, para olhar para isso de forma racional, menos dramática”, afirma o especialista em gestão de pessoas Alexandre Rangel.

8 – Enxugue sua estrutura

Uma dica básica: economize. Como? Corte custos, reduza estoque, diminua sua estrutura, alongue os prazos de suas dívidas. “Não existe receita de bolo, mas em geral as empresas que atravessam algum tipo de dificuldade têm a necessidade de redesenhar seu passivo de curto prazo”, afirma o consultor Artur Lopes, autor dos livros “Negócios Sem Crise” e “Quem matar na hora da crise (este último a ser lançado amanhã, em São Paulo).

9 – Mantenha o foco

Se sua empresa está sofrendo com pouca liquidez, é hora de focar no que ela faz melhor. “Em momentos como esse uma boa estratégia é focar as energias no seu cor business, aquilo que sua empresa faz melhor”, afirma Caldeira, da S&H Consultoria Financeira .

10 – Procure exportar

Com o dólar nas alturas, quem consegue exportar seus produtos está se dando bem. E não se engane: vender para o exterior não é privilégio de grandes companhias. Pequenas e médias empresas também podem procurar essa alternativa. Mas atenção: “A empresa não pode investir nisso de forma ingênua, ela precisa saber se é competitiva e verificar em que mercado o produto dela pode funcionar”, alerta Caldeira.

11 – Seja objetivo

“Se algo não está bem, muitas vezes os empresários são levados por simpatias, ilações, e isso não dá muito certo. É necessário concentração e objetividade. Você não imagina um cirurgião preocupado se o corte vai deixar cicatriz. Se é necessário fazer, ele vai e faz”, compara especialista Artur Lopes. Resumindo: faça o que precisa ser feito.

12 – Seja rápido

Para superar a crise, é necessário ser ágil. “Precisa de agilidade no diagnóstico do que está acontecendo. Após identificar o que precisa ser feito, faça”, aconselha Lopes. “Se ficar adiando a situação, a empresa sangra e pode acabar morrendo”, alerta o autor de “Negócios sem crise”

13 – Trabalhe mais

Se o empreendedor já trabalha duro em épocas de bonança, quando a coisa aperta ele deve se dedicar ainda mais. “É necessário dobrar o afinco quando a economia do país não vai bem”, afirma Lopes. Isso porque, numa crise que envolve todo o país, as empresas não lidam apenas com suas variáveis internas, mas também com fatores que elas não podem controlar. “Ou seja, tem que fazer mais com menos, e fazer melhor”, resume o especialista.

14 – Enxergue o fim da crise

As crises não duram para sempre e você ter isso sempre em mente. “Existem pessoas que não enxergam o fim do problema, acham que a situação difícil vai durar para sempre. O empreendedor não pode ser assim. Assim como outras crises que já passaram, o momento atual terminará em outra curva ascendente”, analisa Rangel, da Alliance Coaching.

15 – Mude a perspectiva

Quando atravessa uma crise, a empresa chega fortalecida ao final desse período de dificuldades. “Muito poucas organizações no mundo não tiveram sua continuidade desafiada. A grande maioria delas, em algum momento, se viu desafiada, e passou por crises que a tornaram mais forte”, afirma Lopes.

Segundo o especialista, olhar para este momento com essa perspectiva ajuda muito a enfrenta-lo de forma mais leve. “Ajuda muito olhar dessa forma, traz um alento. Em vez de pânico, recomenda-se foco e energia”, conclui.

 

Fonte: Exame

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